domingo, 2 de agosto de 2009

Domingo à noite

Assistia televisão em casa. Aquela era sua vida. Encarava fixo a parede, enquanto segurava uma caneca de café quente. O constrangimento do silêncio assaltava o ambiente, precisamente reafirmado pelas ondas sonoras que emanavam das caixas de som do televisor. Da mesma forma, o jogo de luzes pervasivo perpassava a escuridão, injungindo ao mistério e à iminência a palavra e a forma. Não havia portas ou janelas no quarto, e as únicas preocupações que lhe acometiam era que não sabia de onde havia tirado aquela caneca de café ou o que faria com ela depois.