sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Allison's runaway

- Sempre gostei de mobilidade em minha vida. Nunca fui aquele cara de ficar parado muito tempo. Sempre fui de curtir festas, rodar com uma mulher por noite... Mas, sinceramente, estou feliz em ter atracado nesse porto seguro, eu precisava dessa estabilidade na minha vida. Digo, nós somos completamente diferentes, mas ela me completa em cada detalhe. Acho que quero passar o resto dos meus dias com ela, sabe?

- Sei, saquei...
- Hmm?
- Você é gay.
- Vai se foder, porra! Tô falando sério!
- Essa foi a coisa mais gay que eu ouvi na vida, mano.

Eles nunca entenderiam. Se fosse um deles me contando isso, eu também não entenderia, pra dizer a verdade. Mas, ela era diferente. Tinha um jeito especial, um jeito de falar, de olhar. Cada movimento dela era perfeito e único. Eu podia passar os dias só a lhe observar que seria o suficiente pra dar significado à minha vida. Ela era... incrível.

(toca um celular)
- Sim? Sou eu sim, Joe Johson. Como as... peraí, me dá o endereço. Tá, o lugar é meu, mas a minha nam... o quê? Como assim TÁ PEGANDO FOGO? COMO? EU TÔ INDO PRAÍ AGORA, CARALHO!
- Que que tá rolando, mano?
- AQUELA VADIA SACOU UMA GRANA DA MINHA CONTA, DETONOU MEU CARRO, TACOU FOGO NO MEU APARTAMENTO E DESAPARECEU!
- Senta aí. Relaxa e pede mais uma cerva.
- CÊ TÁ MALUCO, PORRA? EU VOU MATAR AQUELA VADIA!
- Com a grana que ela deve ter conseguido, o mais perto que ela tá a essas alturas deve ser Bora Bora. Senta aí.
- Aquela puta...
- Cerveja?
- Não. Pede um whisky pra mim. O mais forte que tiver.
- Você não vai chorar, né?
- Porra, vai se foder, cara!